Quem tem um felino em casa, pode já ter visto o animal pressionando a cabeça contra a parede. Apesar de parecer um ato curioso e comum, tal prática deve ser observada com atenção: ela é chamada de compressão cefálica e pode ser causada por várias complicações que afetam gravemente a saúde do gato.
A demora para perceber o comportamento dificulta o tratamento. Isso porque, na maioria das vezes, os tutores e tutoras procuram ajuda médica quando o quadro já está bem avançado.
Para que você consiga identificar a compressão cefálica o mais rápido possível, preparamos um conteúdo para te explicar melhor o que é esse comportamento nocivo dos felinos, suas causas, sintomas, tratamentos e formas de prevenção. Confira!
O que é a compressão cefálica?
Também chamada de Head Pressing em inglês, a compressão cefálica é caracterizada como o ato compulsivo de pressionar a cabeça contra objetos, paredes ou móveis duros por muito tempo e sem motivo aparente. Nesse caso, o gato pode ficar parado contra o objeto ou continuar andando, como se tentasse atravessá-lo, mas sem contornar ou sair do local.
Apesar de não ser tão conhecido, tal problema de saúde costuma estar ligado a anomalias no sistema nervoso ou a doenças neurológicas. Na maioria das vezes, ela atinge gatos idosos, mas pode ser identificada em felinos de todas as idades, raças e sexos.
Vale ressaltar que essa prática não deve ser confundida com o comportamento dos gatos de dar cabeçadas ou esfregar o rosto nas pessoas para demonstrar carinho.
Quais são as causas mais comuns?
A compressão cefálica pode ser causada por diversos motivos, sendo os mais comuns:
– Golpe na cabeça: na maioria das vezes, é provocado por quedas e atropelamentos. Caso seu gato sofra algum acidente, leve-o ao veterinário o mais rápido possível, mesmo que ele não apresente nenhum problema de saúde;
– Tumor: apesar de atingir felinos de todas as idades, os tumores são mais frequentes em gatos idosos e podem afetar o cérebro (tumor primário) ou outras partes do corpo (tumor secundário);
– Complicação no fígado: o funcionamento do fígado pode ser comprometido por diversas infecções, medicamentos, substâncias químicas e doenças de gatos, impedindo a filtragem adequada do sangue;
– Encefalopatia hepática: perda da função cerebral, causada pela presença de toxinas no sangue que não foram filtradas pelo fígado;
– Infecção no sistema nervoso: pode ser causada por parasitas, bactérias, vírus e fungos, além de ingestão de venenos, déficit de nutrientes ou doenças genéticas. As doenças mais comuns nesse caso são a raiva e a cinomose.
– Intoxicação: tende a ser provocada pela ingestão de alimentos tóxicos para animais, rações fora da validade e produtos químicos, como inseticidas e materiais de limpeza.
Quais são os principais sintomas?
Para identificar a compressão cefálica o quanto antes, atente-se aos principais sintomas da doença:
– Dores ao ser tocado;
– Mudança repentina de hábitos alimentares;
– Perda de peso;
– Falta de coordenação motora e reflexos;
– Movimento involuntário dos olhos;
– Pupilas dilatadas;
– Apatia;
– Cansaço excessivo;
– Movimentação em círculos;
– Hábito de deixar a cabeça inclinada;
– Perda parcial ou total dos movimentos;
– Tremores;
– Convulsão.
Ao notar qualquer sintoma, leve o gato para o veterinário o mais rápido possível. Quanto mais cedo o médico tiver o diagnóstico do problema de saúde, mais fácil será seu tratamento.
Como é o tratamento?
O tratamento para a compressão cefálica varia de acordo com a causa principal da doença. Além disso, o veterinário poderá recomendar tratamentos paliativos para aliviar complicações subjacentes ou quando a causa principal ainda não tiver sido detectada.
Em hipótese alguma inicie um tratamento por conta própria. O uso de remédios sem orientação médica pode agravar ainda mais o quadro de saúde do gato.
Como prevenir a compressão cefálica?
A melhor forma de evitar o problema é garantindo as vacinas para gatos que combatem doenças que podem provocar a compressão cefálica, como a raiva e a cinomose. Vale destacar que a vacinação contra raiva é obrigatória para todos os pets. Ela pode ser aplicada a partir dos quatro meses de vida do felino e deve ser reforçada anualmente.
Além disso, as visitas regulares ao veterinário e a observação dos comportamentos do gato também são extremamente importantes para prevenir que doenças evoluam. Afinal, quanto antes elas forem detectadas, mais rápido e fácil será o tratamento.
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